15 de fev. de 2012

FRUTOS DA GENTILEZA


                             

Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos, em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.
Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.
Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus. Ela tinha um peso físico e comprimia fisicamente.
O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.
O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer. Que morte tola! - Pensava ele. Prisioneiro em uma câmara frigorífica.
Imagens da família, dos amigos passaram-lhe pela memória. O que podia ter feito e não fez. O que não deveria ter feito e agora se arrependia.
Depois de gritar, de recordar, ele se rendeu. Nada mais a esperar senão a morte. Terrível, por congelamento. O frio parecia lhe quebrar os ossos, congelar o sangue nas veias. Dolorido. Penoso.
Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.
Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.
Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.
E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.
Aguardei um tempo pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.
Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.
*  *   *
Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.
Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.
Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.
Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.
O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.
Não esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.
Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.
Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.
Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.
Experimentemos!

                               ಌಌ ಌMara Silvaಌ ಌ ಌ ಌ

3 de fev. de 2012

A POBREZA (REFLEXÃO)


Dia desses alguém se encontrou com um indivíduo e, olhando-o, falou: Pobre homem rico.
Estranho! Afinal, é rico ou pobre? - Perguntou alguém que passava, no momento.
A resposta veio nos seguintes termos: O pobre homem rico é aquele que é dono de várias fazendas, de bônus, ações de várias companhias e uma grande conta corrente no banco mas é avarento.
É pobre porque sua mente é a essência da pobreza. Porque sempre tem medo de gastar alguns centavos. Suspeita de todo mundo. Preocupa-se com tudo o que tem e que lhe parece pouco.
A pobreza não é carência de coisas: é um estado de ânimo. Não são ricos os que têm tudo em abundância.
Só se é rico quando o dinheiro não nos preocupa. Se temos dois reais e nos lamentamos por não ter mais, somos mais ricos do que aquele que tem dois milhões e não pode dormir porque não tem quatro.
Pobreza não é carência: é a pressão da carência. A pobreza está na mente, não no bolso.
O pobre homem rico se angustia pela conta do supermercado que é muito alta. Também porque consome eletricidade, gás e gasolina. Sempre está procurando o modo de diminuir o salário dos empregados.
Dói quando sua mulher lhe pede dinheiro. Angustia-se pelo gasto de seus filhos.
Os pedidos de aumento de salário de seus empregados lhe ardem mais do que ácido que lhe fosse colocado sobre a pele.
Enfim, ele tem os sintomas da pobreza.
Em verdade, a finalidade do dinheiro é proporcionar comodidade, afastar temores, permitir uma vida de liberdade espiritual. Se não desfrutamos dessas vantagens, não importando quanto tenhamos, somos como o pobre homem rico.
Mas, se podemos experimentar essa sensação de liberdade, essa confiança no amanhã, essa ideia de abundância que se diz que o dinheiro proporciona, seremos ricos, mesmo sendo pobres.
Se desejamos ser ricos, sejamos. É mais fácil do que se fazer rico.
O dinheiro em si mesmo não significa nada. Seu verdadeiro valor está no que com ele possamos realizar em favor dos outros e de nós mesmos. Essa é a autêntica finalidade do dinheiro.
* * *
Se pensamos muito em dinheiro, ali estará o nosso tesouro.
Se os nossos pensamentos estão no amor, ali também estará o nosso tesouro.
Se valorizamos a tônica do dinheiro, nossos valores são materiais.
Se nossos pensamentos são nobres e altruístas, se pensamos e nos ocupamos em amar, o nosso tesouro não acabará com as crises econômicas, nem com as desvalorizações. Isso porque o espiritual não acaba nunca.
Enriqueçamo-nos com as coisas imperecíveis. Seremos então ricos, fortes e nossas riquezas estarão sempre conosco.

                         ಌ ಌಌ ಌMara Silvaಌ ಌ ಌ ಌ